RESPIRAÇÃO ORAL: QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS?
VOCÊ SABIA QUE O SIMPLES HÁBITO DE RESPIRAR PELA BOCA PODE PREJUDICAR A ARCADA DENTÁRIA, A FALA E A DEGLUTIÇÃO DO SEU FILHO ?
RESPIRAÇÃO ORAL: QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS?
VOCÊ SABIA QUE O SIMPLES HÁBITO DE RESPIRAR PELA BOCA PODE PREJUDICAR A ARCADA DENTÁRIA, A FALA E A DEGLUTIÇÃO DO SEU FILHO ?
A Respiração é uma função muito importante para o corpo. Através dela podemos fazer a troca gasosa vital entre oxigênio e gás carbônico. Fisiologicamente falando, ela deveria ocorrer principalmente através das nossas narinas, já que o ar, quando entra por elas, é umedecido, filtrado e aquecido.
Então, o nariz não serve apenas para sentir cheiros e transportar o ar até os pulmões, ele executa também três importantes funções: filtragem, umidificação e aquecimento do ar inspirado, de forma que este vá em condições adequadas até os pulmões.
Mas afinal, porque algumas pessoas respiram pela boca? Há várias razões para que isso ocorra, e comumente tem início na infância. Podemos destacar o aumento das adenóides e/ou das amígdalas, desvio de septo do nariz, rinites, sinusites e bronquites. Alguns maus hábitos orais também podem contribuir para a instalação da respiração bucal, como sucção de dedo, uso de chupetas e de mamadeiras sem bico ortodôntico (bico anatomicamente mais parecido com o bico do seio materno) e morder ou chupar objetos de forma freqüente. Quando a respiração bucal se instala e se mantém por tempo prolongado, constitui o que se denomina de síndrome do respirador bucal devido ao conjunto de sinais e sintomas, embora seja mais comum falar simplesmente respirador bucal.
É importante frisar que mesmo uma pessoa eliminando o impedimento orgânico (rinite, adenóide…) para a respiração nasal, pode assim mesmo continuar a respirar pela boca, ou seja, por mau hábito.
Na maior parte do tempo, nossa respiração deve ser pelo nariz, mas em algumas situações restritas, a respiração bucal é permitida, ou melhor dizendo, normal de acontecer. É o caso da fala (inspiramos o ar pelo nariz, mas num discurso mais longo é comum que o ar entre pela boca) e de atividades físicas que exijam muito esforço, como numa corrida.
Os sinais abaixo podem ser observados em um respirador bucal (não necessariamente todos os sinais estão numa mesma pessoa):
Boca aberta a maior parte do tempo.
Dorme mal à noite, ronca e baba.
Sensação de boca seca ao acordar.
Lábios ressecados.
Presença de olheiras.
Mastigação ruidosa e de boca aberta.
É possível ver a língua numa postura entre os dentes ou rebaixada dentro da boca.
O ato de engolir (deglutição) dos alimentos e líquidos fica alterada, com a língua projetada entre as arcadas dentárias, o que favorece problemas na oclusão dos dentes (encaixe dos dentes superiores ao dentes inferiores).
Sonolência durante o dia, sendo comum a falta de atenção, concentração e problemas de aprendizagem pela pouca oxigenação do cérebro, proporcionada pela respiração bucal.
Diminuição do rendimento físico.
Aumento da probabilidade de cáries e infecções respiratórias.
Além dos aspectos acima mencionados, o respirador bucal pode ter alterações significativas em sua estrutura muscular e óssea. Geralmente há um estreitamento do céu da boca (ele fica mais fundo); alteração na oclusão dentária; tendem a uma face alongada; a língua, bochechas e lábios apresentam-se com tônus diminuído (flacidez) por isso, as funções de mastigação, deglutição e fala podem estar alteradas, até a postura corporal global pode ficar prejudicada.
O respirador bucal tende a preferir alimentos mais macios ou pastosos, costuma utilizar líquidos junto com os alimentos para amaciá-los e facilitar a deglutição. A mastigação costuma ocorrer de lábios abertos, de forma rápida, ruidosa e descoordenada, afinal de contas, respirar pela boca e comer ao mesmo tempo é bem complicado. Essas dificuldades na mastigação e deglutição podem levar a perda de peso e até mesmo desnutrição.
As consequências da respiração oral são inúmeras:
1) Alteração da saúde em geral: processos alérgicos (Rinite, Sinusite), hipertrofia (aumento de um órgão) das amídalas, hipertrofia das adenoides, doenças do ouvido (otites), apneia (do sono também).
2) Alteração psico-emocional e de comportamento: podem ser confundidas com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, pois ocorrem falhas na atenção, impulsividade, hiperatividade, cansaço, desinteresse por esportes, labilidade emocional (mudança de humor: choro, irritação).
3) Alterações estéticas e funcionais: faces adenoideanas (rosto alongado, dentes incisivos salientes e agrupados, maxila pouco desenvolvida, lábio superior curto, lábios entreabertos, as narinas são mais elevadas e estreitas, seixos maxilares pouco desenvolvidos, amídalas e adenoides aumentadas, o palato tem a forma de um arco e, por consequência ocorrem desvios das funções de mastigação e deglutição.
4) Alterações posturais: postura inadequada , abdômen avolumado, tendência a pés chatos,
Sendo assim, diante de tudo o que foi exposto, podemos concluir que a respiração bucal tem efeitos nocivos para a saúde, afinal de contas não é um caminho natural, é como se fosse um atalho para a sobrevivência. A identificação, o diagnóstico e o tratamento da respiração bucal devem ser o mais precoce possível, de forma que se evite ou amenize os possíveis danos. A respiração nasal é importante para a qualidade de vida das pessoas proporcionando maior vitalidade e bem estar.
FIQUEM ATENTOS A ESSES SINAIS EM SEUS FILHOS
PODEM SER CONSEQUÊNCIAS DE UMA RESPIRAÇÃO ORAL/BUCAL
DIFICULDADE EM CONCENTRAR,BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR
DIFICULDADE NA FALA
SONOLENCIA DIURNA
DIFICULDADE NA MASTIGAÇAO OU NA DEGLUTIÇAO
VIDEO EXPLICATIVO SOBRE A RESPIRAÇÃO BUCAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o cirurgião dentista especialista em Disfunção temporomandibular e Dor Orofacial e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um cirugiao dentista ou um medico. Somente eles estão habilitados fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente